Pessach, também conhecido como a “Páscoa Judaica”, é uma das celebrações mais importantes do calendário judaico. Se você não é judeu, pode estar se perguntando do que se trata e por que essa festividade é tão significativa. Vamos explicar de forma simples!
Pessach comemora a libertação dos israelitas da escravidão no Egito, um evento que, segundo a tradição judaica, aconteceu há mais de 3.000 anos. Essa história é contada no livro do Êxodo, na Torá (a Bíblia Hebraica). Deus teria enviado dez pragas ao Egito para forçar o faraó a libertar o povo judeu. A última e mais devastadora foi a morte dos primogênitos egípcios.
Para proteger os israelitas, Deus teria orientado que marcassem suas portas com o sangue de um cordeiro sacrificado. Assim, quando o “Anjo da Morte” passou pelo Egito, “pulou” (ou “passou por cima” — que é o significado da palavra Pessach, em hebraico) as casas dos israelitas.
Veja abaixo um trecho da passagem bíblica, no Êxodo 12:23 e 12:24:
Quando o Senhor passar para ferir o Egito, vendo o sangue sobre a verga e sobre as duas ombreiras da porta, ele passará adiante e não permitirá ao Destruidor entrar em vossas casas para ferir. Observareis este costume como uma instituição perpétua para vós e vossos filhos.
Após essa última praga, o faraó permitiu que o povo judeu saísse do Egito, liderado por Moisés. Esse evento é conhecido como o Êxodo, um dos pilares da fé judaica, pois simboliza a luta pela liberdade e a fé em Deus.
Pessach é celebrado durante oito dias (sete em Israel), e cada elemento da festividade carrega um significado profundo. A celebração começa com o Sêder, um jantar especial que ocorre nas primeiras duas noites da festa. Durante o Sêder, os judeus relembram a história da libertação, recitam orações e seguem um ritual específico, tudo em volta de uma mesa cheia de simbolismos.
Esses são apenas alguns dos itens que compõem a refeição do Sêder, e cada um tem uma função de relembrar os eventos e ensinamentos da história do Êxodo.
Se você notou uma semelhança entre Pessach e a Páscoa cristã, não é por acaso. A última ceia de Jesus, de acordo com o Novo Testamento, foi um jantar de Pessach. No entanto, enquanto a Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus, Pessach foca na libertação física e espiritual do povo judeu.
Para os judeus, Pessach não é apenas uma celebração histórica. Ele carrega uma mensagem atemporal sobre liberdade, fé e a importância de não esquecer as lutas pelas quais os antepassados passaram. É um momento de refletir sobre a própria jornada pessoal, a busca por liberdade e o valor da fé.
Pessach é uma festa rica em história e simbolismo, celebrando a libertação da escravidão e a passagem para uma vida de liberdade. Para não judeus, é uma oportunidade de entender mais sobre a cultura e a fé judaicas, além de reconhecer os valores universais que essa celebração promove, como liberdade, justiça e gratidão.
Se você quiser saber mais sobre Pessach, há muitas fontes disponíveis, desde a leitura do livro do Êxodo até conversas com amigos ou colegas que possam comemorar essa festividade. Afinal, conhecer outras culturas e tradições nos ajuda a construir pontes de entendimento e respeito
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