A datação por carbono, também conhecida como carbono-14 (C-14), é uma técnica científica usada para determinar a idade de materiais orgânicos com base na medição da quantidade de um isótopo radioativo do carbono presente nesses materiais. Este método é amplamente aplicado em áreas como arqueologia, paleontologia e estudos ambientais, permitindo entender melhor o passado da Terra e de seus habitantes.
Os isótopos são variantes de um mesmo elemento químico que possuem o mesmo número de prótons, mas quantidades diferentes de nêutrons em seu núcleo. Isso significa que, embora compartilhem as mesmas propriedades químicas, eles podem ter massas atômicas diferentes e, em alguns casos, serem instáveis ou radioativos.
No caso do carbono, os três principais isótopos naturais são:
O C-14 é gerado continuamente na alta atmosfera quando raios cósmicos interagem com átomos de nitrogênio (N-14). Este isótopo radioativo é então incorporado no dióxido de carbono (CO₂), que é absorvido por plantas através da fotossíntese e, subsequentemente, ingerido por animais e seres humanos ao longo da cadeia alimentar. Assim, todos os seres vivos possuem uma proporção constante de C-14 em seus tecidos enquanto estão vivos.
Quando um organismo morre, ele para de incorporar carbono. A partir desse momento, a quantidade de C-14 em seus restos começa a diminuir devido ao decaimento radioativo, um processo no qual o C-14 se transforma novamente em N-14. Este decaimento ocorre a uma taxa fixa conhecida como meia-vida.
Essa taxa previsível permite aos cientistas calcular o tempo que passou desde a morte do organismo.
O processo de datação por carbono envolve as seguintes etapas principais:
A quantidade total inicial de carbono-14 (C-14) em um material orgânico é determinada com base na proporção de C-14 em relação ao carbono-12 (C-12) e carbono-13 (C-13) na atmosfera no momento em que o organismo estava vivo. Essa relação é considerada relativamente constante ao longo do tempo (embora com pequenas variações devido a fatores ambientais e cósmicos).
O valor de referência usado para determinar a quantidade inicial de C-14 em um organismo vivo é baseado na razão isotópica C-14/C-12 na atmosfera antes da Revolução Industrial, que é aproximadamente:
📌 1 átomo de C-14 para cada 1 trilhão (10¹²) de átomos de C-12
Essa proporção é mantida em equilíbrio nos tecidos vivos porque os organismos continuamente absorvem carbono do ambiente (por meio da respiração, alimentação ou fotossíntese).
Após a morte do organismo, a absorção de carbono cessa, e o C-14 começa a decair, enquanto o C-12 permanece estável. Ao medir a quantidade de C-14 remanescente e compará-la com esse valor de referência, os cientistas podem estimar há quanto tempo a amostra parou de absorver carbono, ou seja, quando o organismo morreu.
Embora a proporção C-14/C-12 tenha sido relativamente constante ao longo de milhares de anos, pequenas variações ocorreram devido a mudanças na atividade solar, no campo magnético da Terra e na liberação de carbono fóssil após a Revolução Industrial. Para corrigir essas variações, os cientistas utilizam curvas de calibração, que são baseadas em medições de C-14 em amostras de idade conhecida, como anéis de árvores (dendrocronologia) e corais.
Esse processo garante que as datas obtidas por datação por carbono sejam as mais precisas possíveis.
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